“E nós haveremos de falar, até que a melodia do pensamento seja doce demais para ser enunciada, e morra Nas palavras para reviver em olhares, que penetram Com vibrante tom o coração emudecido, Enchendo de harmonia o silêncio sem um som. Nossos hálitos hão de misturar-se, nossos peitos unidos, Nossas veias pulsarão juntas, nossos lábios Com outra eloquencia que não a das palavras, eclipsarão A alma que queima entre eles, os mananciais Que fervem sob as células mais intimas do nosso ser, as fontes da nossa vida mais profunda, hão de Confundir-se na dourada pureza da paixão; Como nascentes das montanhas sob o Sol da aurora, Nós seremos o mesmo, nós seremos um espirito em dois corpos. Oh! Porque dois?” (P. B. Shelley - Epipsychidion ) ...