Havia muita coisa a se perguntar embora nada de concreto para esperar. E na falta de alguma coisa mais interessante a se fazer, continuava a se perguntar. Perguntava-se sobre tudo e encontrava na imaginação todas as respostas que lhe convinha. Ficava assim, satisfeita com a vida, mesmo tendo a certeza de que os motivos que lhe deixava tão satisfeita eram apenas meras ilusões. Ainda assim, era mesmo melhor se satisfazer em vez de se martirizar. Todas as vezes que olhava pela janela a rua. Todas aquelas pessoas vivendo... A certeza de que a felicidade alcança até um moribundo. A certeza de que a felicidade nunca a alcançaria. Voltava aquela antiga sensação de que a vida passava enquanto continuava ali, parada imaginando como as coisas seriam se não houvessem todos os empecilhos existentes. Mas mesmo tendo frustrações era preciso lutar, agarrar-se a qualquer fio de vida existente. E chorando lembrava-se de todas aquelas palavras: "você tem toda uma vida pela frente". E c