Desde pequeno Pedrinho não
entendia porque homens têm pinto e mulheres não tem.
É claro q ele sabia que a
procriação existia
E ao homem cabia a função de depositar
a semente na boca da mãe
O que Pedrinho não entendia era
porque ele não podia usar batom,
rímel, saia ou bater boquete.
Ele era um menino boiola,
Queria ser bixa, queria ser gay.
Pena que ninguém entendia,
Os pais nele batiam,
a escola omitia
e os colegas só riam.
(Cabe ao povo feio, burro e fora
de padrão conhecer a outra função da escola.)
E era por isso que Pedrinho
simpatizava com os nerds
Que entravam na sala metralhando
a garotada
Sem olhar pra ninguém.
Mas como se sabe o tempo passa,
As cobras se criam.
Nenhum nerd se enfureceu
Porque o Brasil não é Noruega,
Pedrinho cresceu,
Fez 18 era virgem e bv
Pois a fruta que tinha lhe causava
enjoação
Mas Depois da escola e +4 de
faculdade
Ele finalmente soltou a franga
Primeiro salário comprou a peruca
Segundo comprou o salto
E do terceiro em diante abriu a
poupança
Ia virar mulher
Muito chão pela frente
Baú pra desenterrar
Muro pra derrubar
Pra que casa, carro ou filho?
Ele queria ver o brilho
Fazer purpurina
Viver de paixão
Uma Pena, não era possível
ser gay e ter pai
mas que se dane mamãe
Que o mundo vá se danar junto
Havia mais dentro de si
Vão dizer que ele foi egoísta,
sacana e ingrato
Vovó vomitava só de imaginar por
onde o viado ama
E é absurdo você não ser contra
Porque Deus é
E porque tanta gente,
Que não teme a Deus
Que mente, que rouba, e que trai
É contra um arco-íris passando na
rua
Pedrinho foi morto
Faltando 40 mil reais pra virar
moça
Saindo da festa
Mas ele se foi como queria,
Sem roubar, matar ou trair
Com rímel, batom, saia e peruca
Eu tenho quase certeza,
Ele olhou o vale das sombras
Se assustou
Se refez
E morreu feliz
...
"Vamos pedir piedade pra essa gente careta e covarde!" Ninguém muda ninguém, quando o fator externo deixa de existir vem a liberdade. Eu sei bem como é tudo isso e que dirá a minha mãe.
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